Após 47 anos de serviço prestado à Polícia Civil do Rio Grande do Norte, sobretudo, à Segurança Pública, o delegado aposentado, Maurílio Pinto de Medeiros,
75 anos, uma das mais conceituadas referências do segmento, declarou,
de forma taxativa ao portal Agora RN, ser contra toda e qualquer tipo de
paralisação da polícia.
Em declarações passadas concedidas à imprensa, o ‘Xerife’,
como é mais conhecido no Estado, foi corajoso ao afirmar que o maior
problema da polícia é a indisciplina e os principais responsáveis por
isso eram os sindicatos de classe. À época, ele chegou a dizer que a
polícia era refém dessas entidades.
Apesar dos relatos de más condições de trabalho, além dos salários
atrasados, apontados pela categoria, ele não acredita que greves e
paralisações de advertência sejam legais, tampouco viáveis a uma solução
de enfrentamento à crise financeira que o Estado atravessa.
Para tanto, Maurílio lembra tempos
difíceis, na gestão do ex-governador Geraldo Melo (PMDB), em meados de
80, quando ocorreu atrasos no pagamento da folha do funcionalismo
público. Nesse período, destacou o Xerife, agentes e delegados da recém
instituída Polícia Civil (1983) tentaram reivindicar com indicativos de
paralisação. “Eu fui um dos que mais lutaram para que isso não
acontecesse, ameaçando, inclusive, a entregar meu cargo de coordenador
geral de Segurança, pois a pressão que a turma queria não adiantaria em
nada. Pelo contrário, o prejuízo que a população potiguar iria sofrer
seria incomensurável”.
Apesar das dificuldades ocasionadas pela falta de pagamento do
salário dos servidores públicos em dia, onde o próprio Maurílio sente na
‘pele’ o atraso na sua aposentadoria, as soluções estão longe de
aparecer com o aparato policial de braços cruzados, fato que ele tanto
repudia.
Maurílio Pinto na pauta.
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