O empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, disse ao Estadão/Broadcast
que a candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) à Presidência
“não vingará”. Segundo ele, o eleitor espera um perfil “reformista
liberal”. O nome do prefeito João Doria (PSBD) foi defendido pelo
empresário na entrevista, durante o 22° Meeting Internacional, encontro
empresarial organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) na
capital do Paraguai.
Como avalia o desempenho do Jair Bolsonaro nas pesquisas e o sucesso do discurso radical de direita que ele faz?
Não
vingará. Sobre o discurso, o pano de fundo é a segurança. O liberal de
fato, que acredita no indivíduo em detrimento do Estado, defende isso na
economia e na segurança. A população não admite o monopólio da força
pelo Estado. Uma questão fundamental que será reaberta será o debate
sobre desarmamento.O povo rejeitou o desarmamento. É uma tática perversa
das esquerdas: desarma o camponês e solta o MST em cima. Ninguém ainda,
que está dentro de um viés liberal, manifestou essa coerência. Ser
liberal na economia é ser liberal também na segurança. Acreditar no
indivíduo. Se é o individuo será o protagonista da prosperidade
econômica, ele também tem o papel fundamental nessa guerra que estamos
perdendo, que a guerra da segurança.
Quem é o seu candidato para o Palácio do Planalto em 2018?
O processo que mostrou a virada da cabeça do eleitor foi a eleição de 2016. O caso mais emblemático foi o prefeito de São Paulo, João Doria. Entre os nomes colocados, ele é o melhor porta-voz de uma campanha reformista e liberal. Vejo João Doria como um nome nacional. Vejo nele mais viabilidade e chance de ganhar.
Flávio Rocha.
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