G1: Um dia depois de denunciar os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz
Inácio Lula da Silva e outros integrantes do PT por organização
criminosa, a Procuradoria Geral da República voltou a denunciar os dois
nesta quarta-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF), desta vez por
obstrução de justiça.
A denúncia se refere ao episódio da nomeação de Lula como ministro da
Casa Civil por Dilma Rousseff, em março do ano passado, antes de ela
ser afastada do cargo, no processo de impeachment.
Dias depois da posse, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a nomeação de Lula como ministro.
Também foi denunciado o ex-ministro Aloizio Mercadante, pelo episódio
de um telefonema para o senador cassado Delcídio do Amaral, a fim de,
supostamente, tratar da delação dele. A acusação é de que Mercadante
atuou para tentar evitar a delação premiada de Delcídio. A assessoria de
Mercadante afirmou por meio de nota que ele já foi absolvido dessa
acusação na Comissão de Ética Pública da Presidência e que a delação de
Delcídio está sendo questionada.
A assessoria de Lula atribuiu a nova denúncia à “atuação afoita e
atabalhoada de disparo de denúncias” do procurador-geral da República.
“Essa é a denúncia apresentada pelo Procurador-Geral da República para o
próprio Supremo Tribunal Federal, talvez na busca de gerar algum ruído
midiático que encubra questionamentos sobre sua atuação no crepúsculo do
seu mandato”, diz o texto da nota.
A assessoria de Dilma também divulgou nota na qual afirmou ser
lamentável que Janot ofereça denúncia “sem qualquer fundamento”. “É
espantoso que a nova denúncia se baseie em provas ilegais e nulas, fruto
de reconhecida situação abusiva em que conversas da presidenta eleita
Dilma Rousseff foram indevidamente interceptadas, divulgadas e
descontextualizadas na interpretação do seu real conteúdo”, diz trecho
da nota.
Lula e Dilma enrolados.
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