A parceria entre Polícia Federal e Ministério Público Federal, na
Operação Lava Jato, em Curitiba, entrou em curto-circuito. O
esvaziamento da equipe policial, que iniciou as apurações do escândalo
Petrobrás, e os desentendimentos sobre acordos de delação premiada
afastaram os dois principais polos da força-tarefa, que reúne PF, MPF e
Receita Federal. Em três anos e meio de atuação, são 201 prisões, 157
condenações e R$ 10 bilhões de corrupção a serem recuperados para os
cofres públicos.
Nos últimos dias, algumas faíscas – ainda de baixa voltagem –
tornaram aparente o curto nesse sistema conjunto de trabalho, até então
harmonioso: as falas contraditórias do procurador Athayde Ribeiro Costa e
do delegado Igor Romário de Paula, sobre cortes de verbas e de pessoal
na PF em Curitiba, em entrevista à imprensa na última fase da Lava Jato
(que prendeu o ex-presidente da Petrobrás e do Banco do Brasil Aldemir
Bendine), a redução no ritmo de operações (42 até aqui) e os relatórios
de delegados com críticas à falta de provas e de acesso às delações
feitas pelo Ministério Público.
Rota de colisão.
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