Em reunião ocorrida no início da tarde desta sexta-feira (25) com os
auditores fiscais, o Governo do Estado, representado pelos secretários
Tatiana Cunha (Gabinete Civil), Gustavo Nogueira (Planejamento), André
Horta (Tributação) e Jusliska Azevedo (Comunicação), informou ao Fisco
que não há previsão de regularizar o pagamento dos salários em atraso.
Segundo o secretário de Planejamento, o Estado enfrenta um desequilíbrio
fiscal, com déficit estimado em 700 milhões de reais até o fim do ano.
“Essa informação foi duramente questionada por nós do Fisco.
Alertamos que a decisão de pagar os salários de julho até o dia 31 de
agosto é política e que a categoria não aceitará, de forma nenhuma,
passar para o segundo mês sem receber salários, no que foi acompanhado
pelos representantes das outras categorias de Estado”, rebateu o
presidente do Sindifern, Fernando Freitas.
O Fisco anunciou esta semana o balanço das receitas públicas do
primeiro semestre de 2017 e confirmou que houve crescimento tanto na
arrecadação própria quando nos repasses do FPE desde 2016. Já entraram
para os cofres do Governo mais de R$ 5 bilhões em 2017.
“O Governo insiste em falar em déficit e lamentavelmente não
assegurou o pagamento integral dos salários. Depois da audiência, e
reunidos na Sala da CPL, Sede da SET, chegamos ao consenso de que a
partir de segunda-feira em cada repartição fiscal – Unidades e Sede –
todos abram o ponto normalmente e, das 10h às 12h, reúnam-se num
ambiente adequado para protestar contra o descumprimento do governo ao
direito universal e constitucional de receber salários em dia”, informou
Freitas.
O SINDIFERN convocará na próxima semana uma Assembleia Geral para que
os auditores decidam, soberanamente, o encaminhamento subsequente, caso
não haja o pagamento do saldo dos salários de julho até o dia 31 de
agosto.
Triste fim.
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