O Estado de São Paulo teve acesso ao termo, homologado entre o empresário, o Ministério Público Estadual e a Procuradoria da República do Rio Grande do Norte, na quinta-feira, 24. Fred Queiroz relatou que os articuladores da campanha de Henrique Alves ao governo potiguar ‘precisavam de R$ 10 a R$ 12 milhões para a campanha e que os valores seriam destinados à compra de apoio político’.
Na ocasião, segundo o delator, o ex-ministro respondeu que não dispunha dos recursos, mas que ‘tentou viabilizar’ com a Odebrecht e a JBS o montante de R$ 7 milhões. Por volta do dia 28 de setembro, conforme consta no documento, “chegaram de R$ 5 a R$ 7 milhões de reais provenientes da pessoa de ‘Joesley’; e que esses valores não foram declarados em prestação de contas eleitorais”.
Os R$ 7 milhões,
conforme detalhado na delação, foram entregues numa mala a um assessor
particular do ex-presidente da Câmara Federal num hotel da Via Costeira,
na praia de Ponta Negra, zona Sul de Natal.
“José Geraldo (assessor particular de Henrique Alves), disse que foi
com o motorista de Henrique Alves de nome Paulo, pegar os valores com um
casal no Hotel Ocean Palace; que esse casal, segundo José Geraldo, veio
de Mato Grosso em um avião particular; que o nome do casal foi passado
por Arturo Arruda por meio de mensagem de aplicativo; que José Geraldo
levou o dinheiro em uma mala para a casa da sogra dele”, consta no
depoimento de Fred Queiros aos procuradores da República, Rodrigo Telles
de Souza e Fernando Rocha de Andrade.
Alves encrencado até a tampa.
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