G1/RN: Uma
decisão da conselheira Daldice Santana, do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), impede a transferência, empréstimo ou doação de sobras
orçamentárias do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte para o
governo do estado. A decisão, que foi tomada no início da semana,
estabelece que essas sobras devem ser devolvidas ao Tesouro Estadual ou
descontadas nos repasses do duodécimo no próximo exercício orçamentário.
O governo poderá compensar, nas transferências ao TJ, os recursos
excedentes e que estão nas contas do Judiciário, diz a decisão.
Em
outubro de 2016 o desembargador Cláudio Santos, presidente do Tribunal
de Justiça do RN, anunciou o repasse de R$ 100 milhões para o governo do
estado. O dinheiro deveria ser utilizado para pagar diárias da
Polícia Militar, cirurgias e outras despesas dos hospitais públicos do
RN.
A Associação dos Magistrados do RN entrou com uma
liminar contra o repasse, afirmando que o Judiciário do Rio Grande do
Norte vem sofrendo com a falta de investimentos e, consequentemente,
perde na qualidade da prestação jurisdicional à população.
Além disso, a Associação dos Magistrados relatou a destinação, no
início deste mês, de R$ 20 milhões ao Executivo na forma de empréstimo
para a construção de presídio, sem sequer existir projeto para a obra.
A conselheira julgou parcialmente procedente o Procedimento de Controle
Administrativo (PCA) impetrado pela Associação dos Magistrados do Rio
Grande do Norte (AMARN) ao TJRN, no qual requer a sustação cautelar de
qualquer ato de transferência, empréstimo ou doação de recursos do Poder
Judiciário estadual ao Poder Executivo, até o julgamento do mérito
daquele procedimento.
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Carlos Santos.
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