Se o Governo Rosalba não sabe de onde tirar dinheiro para pagar a
folha de dezembro, a equipe de Robinson sabe menos ainda. O novo gestor
poderá, inclusive, incluir o projeto de lei que prevê a fusão dos fundos
previdenciários, entre as matérias-objeto de uma convocação
extraordinária da Assembleia Legislativa. Além da folha em atraso, o
novo governador poderá ainda ter que conseguir um valor maior do que os
R$ 453 milhões da folha, visto que, a Constituição do Estado prevê que,
quando o governador atrasa o pagamento dos servidores, deve fazê-lo com
correção monetária.
O coordenador da equipe de transição de Robinson, Fábio Dantas, disse
que a equipe ainda não definiu de onde o governo poderá tirar recursos
no próximo ano, até que assuma o estado. “O novo governo só saberá o que
fazer quando souber o que de fato acontece. O que sabemos é o que
pontualmente nos é passado. Mas que o estado não tem recursos para a
folha, isso já sabíamos”, relata. Segundo conta, a expectativa era de
que o problema se agravasse ainda em novembro. “Esperava que essa
situação fosse em novembro e a governadora ainda conseguiu resolver”.
Ele diz que será preciso negociar um pacto envolvendo todos os
poderes para se conseguir otimizar a máquina pública em todos os
setores. A fusão dos fundos previdenciários, acrescenta, poderia ajudar.
Com esta ideia, a expectativa é de que, se a lei que tramita na
Assembleia com o objetivo de fundir os fundos não for aprovada ainda
neste ano, poderá entrar na lista de matérias que serão objetos da
convocação extraordinária que Robinson fará à Assembleia quando tomar
posse, mas isso ainda não resolve a situação econômica cótica da folha.
“Ele vai convocar para que sejam votados diversos projetos, este pode
ser um deles se não entrar em pauta até o recesso parlamentar”, diz.
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