O depoimento de um coronel reformado do Exército à Comissão Estadual da
Verdade do Rio de Janeiro ajuda a desmontar uma versão sustentada
durante 43 anos pelo regime militar para encobrir a morte do engenheiro e
ex-deputado Rubens Paiva. De acordo com os relatos apresentados em
novembro de 2013 por Raymundo Ronaldo de Campos, que à época do sumiço
do antigo parlamentar era capitão, o Exército armou um “cineminha” para
despistar a família e os amigos de Rubens Paiva.
Cassado logo após o golpe militar de 1964, o ex-deputado teve a casa
invadida por homens armados no dia 20 de janeiro de 1971. Ele tinha 41
anos quando desapareceu de sua residência, no bairro do Leblo, no Rio.
De casa, Rubens Paiva foi levado para o quartel da Aeronáutica, onde,
segundo depoimentos coletados nas últimas quatro décadas, ele foi
brutalmente espancado.
Conforme os relatos de testemunhas, no momento em que já estava muito
ferido o ex-parlamentar foi conduzido ao Destacamento de Operações de
Informações do 1º Exército (DOI-I), na zona norte da capital fluminense.
No dia seguinte, ele foi visto pela última vez com vida pelo médico
Amílcar Lobo, que atendia os torturados pelo regime militar.
Segundo a versão oficial, Rubens Paiva fugiu após uma operação de resgate promovida por aliados políticos. Na ocasião, os militares afirmaram que, na madrugada de 22 de janeiro de 1971, um capitão (Raymundo de Campos) e dois sargentos conduziam o ex-deputado em um fusca para reconhecer uma casa suspeita.
Segundo a versão oficial, Rubens Paiva fugiu após uma operação de resgate promovida por aliados políticos. Na ocasião, os militares afirmaram que, na madrugada de 22 de janeiro de 1971, um capitão (Raymundo de Campos) e dois sargentos conduziam o ex-deputado em um fusca para reconhecer uma casa suspeita.
Rubens Paiva.
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