O Ministério Público divulgou nota oficial comunicando que não foi
informado sobre o decreto Governo do RN que reprograma a execução
orçamentária e financeira do exercício de 2013 e diz estar surpreso com a
decisão da governadora Rosalba Ciarlini.
Na nota, o Ministério Público afirma que “os cortes promovidos pelo
Governo do Estado atingem praticamente todo o custeio e investimento da
instituição, o que é totalmente inaceitável, em face de todos os
compromissos e contratos já firmados e de projetos em curso. Eis a nota
na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Ministério Público do Estado do RN, a respeito da publicação do
Decreto n. 23.624/2013, na edição do Diário Oficial do Estado do dia 27
deste mês, que reprograma a execução orçamentária e financeira do
exercício de 2013, vem a público informar que:
I) não foi previamente comunicado pelo Poder Executivo que este
publicaria o referido Decreto, não tendo qualquer integrante do governo,
nem mesmo através de ligação telefônica, informado o Ministério Público
da possibilidade de reprogramação da execução financeira e orçamentária
desta Instituição;
II) não houve reunião entre a chefia do Ministério Público e o
Governo do Estado para tratar de tal decreto, nem convite para tanto;
III) a área técnica do MPRN, por sua Diretoria de Orçamento e
Finanças, foi informada pela equipe técnica do Governo do Estado da
intenção deste de promover corte linear da execução orçamentária, para
todos os Poderes e Órgãos com autonomia orçamentária e financeira, de
10,7% do orçamento global de cada um, restando certo que os números
pertinentes seriam analisados com vistas a posteriores conversas entre o
Executivo e os demais interessados, na busca de entendimento sobre o
assunto;
IV) antes, contudo, de qualquer tratativa entre a chefia do MPRN e o
Governo do Estado, este publicou o referido decreto de reprogramação
orçamentária e financeira, o que nos causou surpresa;
V) os cortes promovidos pelo Governo do Estado atingem praticamente
todo o custeio e investimento do Ministério Público, o que é totalmente
inaceitável, em face de todos os compromissos e contratos já firmados e
de projetos em curso;
VI) dados de conhecimento do Ministério Público revelam crescimento
da arrecadação global do Estado em relação ao exercício de 2012, sendo a
frustração da receita alegada pelo Governo decorrente de elevada
estimativa do que ingressaria nos cofres públicos em 2013;
VII) ao Ministério Público não foi repassada a metodologia de cálculo
da previsão imaginada de 10,74% de frustração de receita para o ano de
2013, tal como publicado no Decreto n. 23.624/2013, sendo que, pelos
dados do próprio Governo, a frustração real do primeiro semestre foi da
ordem de 5,24%;
VIII) O Ministério Público lamenta a decisão unilateral do Poder
Executivo e informa que está analisando as medidas legais cabíveis
quanto ao assunto.
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