O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, usou
recursos da Corte para se deslocar ao Rio de Janeiro no final de semana
de 2 de junho, quando assistiu ao jogo Brasil e Inglaterra no estádio
do Maracanã. O STF diz que a viagem foi paga com a cota que os ministros
têm direito, mas não divulgou o valor pago nem qualquer regulamento
sobre o uso da cota. O tribunal confirmou à reportagem que não havia na
agenda do presidente nenhum compromisso oficial no Rio de Janeiro
durante o final de semana do jogo no Maracanã. Barbosa tem residência na
cidade e acompanhou o jogo ao lado do filho Felipe no camarote do casal
de apresentadores da TV Globo Luciano Huck e Angélica. Segundo a Corte,
porém, apenas o ministro viajou de Brasília com as despesas pagas pelo
STF. Os voos de ida e de volta foram feitos em aviões de carreira.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo de maio deste ano mostrou
que ministros têm usado recursos da Corte para viagens durante o recesso
forense, quando estão de férias, e para levar as mulheres em diversos
voos internacionais. O total gasto em passagens para ministros do STF e
suas mulheres entre 2009 e 2012 foi de R$ 2,2 milhões. Neste período,
Barbosa utilizou recursos da Corte para passagens enquanto estava de
licença médica e não participava dos trabalhos em Brasília. Os dados
oficiais foram retirados do portal da transparência do Supremo após a
reportagem por supostas “inconsistências”. O Supremo diz que os
ministros dispõem de uma cota para voos nacionais tendo como base uma
decisão tomada em um processo administrativo durante a gestão de Nelson
Jobim na presidência da Corte.
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