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* 'Se implementados, planos vão provocar o colapso'.

Os Planos de Cargos, Carreira e Remuneração dos servidores estaduais da administração direta e indireta vão implicar no colapso financeiro do Governo do Estado. A advertência é feita pelo procurador-geral do Estado, Miguel Josino. Ele informa também que esses planos terão um impacto superior a R$ 12 milhões por mês na folha de pagamento. Seriam, portanto, R$ mais de 144 milhões ao ano. "É um problema que preocupa, não só a Procuradoria, mas todo o conjunto dos auxiliares da governadora Rosalba Ciarlini", disse o procurador. Ele defende uma ampla negociação para resolver o impasse provocado pelas dificuldades do Governo para pagar os PCCRs e "as reivindicações legitimas" dos servidores. Mas avisa também que não está descartada uma representação para pedir à Procuradoria-geral da República uma medida judicial a partir da qual o Supremo Tribunal Federal poderia decretar a inconstitucionalidade dos planos.

Miguel Josino tem experiência no serviço público. É procurador de carreira desde 1993, quando foi aprovado no concurso público. Ex-professor da UFRN e de outras instituições de ensino, ele admite que é contraditório os procuradores do Estado exigirem uma aumento salarial equivalente ao de ministros do Supremo Tribunal Federal, enquanto a Procuradoria tenta, judicialmente, derrubar os PCCRs que asseguram reajustes aos demais funcionários estaduais. Mas diz não conhecer, a não ser Dom Nivaldo Monte e Dom Hélder Câmara, quem abra mão de um benefício financeiro assegurado em lei.
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